Lógica Booleana e Operadores logicos
Lógica Booleana
Uma lógica ou álgebra Booleana pode ser definida com um
conjunto de operadores e um conjunto de axiomas, que são assumidos verdadeiros
sem necessidade de prova.
Em 1854, George Boole introduziu o formalismo que até hoje
se usa para o tratamento sistemático da lógica, que é a chamada Álgebra
Booleana. Em 1938, C. E. Shannon aplicou esta álgebra para mostrar que as
propriedades de circuitos elétricos de chaveamento podem ser representadas por
uma álgebra Booleana com dois valores.
Diferentemente da álgebra ordinária dos reais, onde as
variáveis podem assumir valores no intervalo (- infinito; + infinito), as
variáveis Booleanas só podem assumir um número finito de valores. Em particular,
na álgebra Booleana de dois valores, cada variável pode assumir um dentre dois
valores possíveis, os quais podem ser denotados por [F,V] (falso ou
verdadeiro), [H,L] (high and low) ou ainda [0,1]. Nesta publicação, adotaremos
a notação [0,1], a qual também é utilizada em eletrônica digital. Como o número
de valores que cada variável pode assumir é finito (e pequeno), o número de
estados que uma função Booleana pode assumir também será finito, o que
significa que podemos descrever completamente as funções Booleanas utilizando
tabelas. Devido a este fato, uma tabela que descreva uma função Booleana recebe
o nome de tabela verdade, e nela são
listadas todas as combinações de valores que as variáveis de entrada podem
assumir e os correspondentes valores da função (saídas).
Operações
Básicas da Álgebra Booleana
Na álgebra Booleana, existem três operações ou funções
básicas. São elas, operação OU, operação E e complementação. Todas as funções
Booleanas podem ser representadas em termos destas operações básicas.
Operação OU (Adição Lógica)
Uma definição para a operação OU, que também é denominada
adição lógica, é: “A operação OU resulta 1 se pelo menos uma das variáveis de
entrada vale 1”. Como uma variável Booleana ou vale 1 ou vale 0, e como o
resultado de uma operação qualquer pode ser encarado como (ou atribuído a) uma
variável Booleana, basta que definamos quando a operação vale 1.
Automaticamente, a operação resultará 0 nos demais casos. Assim, pode-se dizer
que a operação OU resulta 0 somente quando todas as variáveis de entrada valem
0.
Operação E (Multiplicação Lógica)
A operação E, ou multiplicação lógica, pode ser definida da
seguinte forma: “A operação E resulta 0 se pelo menos uma das variáveis de
entrada vale 0”. Pela definição dada, pode-se deduzir que o resultado da
operação E será 1 se, e somente se, todas as entradas valerem 1.
Complementação (ou Negação, ou Inversão)
A operação complementação dispensa uma definição. É a
operação cujo resultado é simplesmente o valor complementar ao que a variável
apresenta. Também devido ao fato de uma variável Booleana poder assumir um
entre somente dois valores, o valor complementar será 1 se a variável vale 0 e
será 0 se a variável vale 1. Os símbolos utilizados para representar a operação
complementação sobre uma variável Booleana A são A , ~A e A' (lê-se A negado).
Nesta disciplina, adotaremos o primeiro símbolo. O resultado da operação
complementação pode ser listado:
Tabela verdade
Trata-se de uma tabela mediante a qual são analisados os
valores lógicos de proposições compostas. Já vimos que uma Tabela-Verdade que
contém duas proposições apresentará exatamente um número de quatro linhas! Mas
e se estivermos analisando uma proposição composta com três ou mais proposições
componentes? Como ficaria a tabela-verdade neste caso? Generalizando para
qualquer caso, teremos que o número de linhas de uma tabela-verdade será dado
por: Nº linhas da Tabela-Verdade = 2nº de proposições, ou seja, se estivermos
trabalhando com duas proposições p e q, então a tabela-verdade terá 4 linhas.
Se estivermos trabalhando com uma proposição composta que tenha três
componentes p, q e r, a tabela-verdade terá 23 = 8. E assim, por diante.
Lógica Booleana e Operadores logicos
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